segunda-feira, 9 de agosto de 2010

FARÓIS de PORTUGAL

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desde a Antiguidade ...

    Os pontos de referência para mostrar a posição são uma necessidade para os navegadores. De dia, uma marca inconfundível na costa. De noite, uma luz que avise e afaste dos perigos ou que denuncie um abrigo das intempéries. O mais antigo farol de que se tem notícia é considerado uma das sete maravilhas do mundo. Ficava na ilha de Pharos frente a Alexandria no Egipto, derivando daí o nome de farol. Mandado construir cerca 300 A.C. por Ptolomeu Filadelfo, a obra em mármore branco, de Sóstrato de Cnidos, tinha 135 m. de altura (cerca de 3x o tamanho dos actuais!) e podia ver-se a sua luz a cerca de 100 Km, o que faria dele hoje em dia o mais potente farol. Esta construção, que serviu de modelo a muitos outros na antiguidade, foi destruída por um sismo em 1326. A seguir aos Fenícios e Gregos, os Romanos construíram faróis por todo o seu império, desde o farol de Bolonha, na Gália, a "Turris Ordens" ainda de pé no séc. XVI, até à "torre de Hércules", na Corunha, na costa NW de Espanha. Este, construído durante o reinado de Trajano (98 a 117 D.C.) e reconstruído em 1663, é considerado o farol mais antigo em funcionamento. Entre os séc. XII e XV construíram-se alguns faróis como o de Meloria (1157) e Magnale (1163) em Itália; no séc. XIII o de St.Edmund Chapel em Norfolk, Inglaterra; e os de Dieppe e Cordouan em França no séc. XIV. Em Portugal acendeu-se o primeiro farol na torre do Convento de S.Francisco no Cabo de S.Vicente em 1520. No entanto, o mais velho farol construído para esse fim foi mandado erigir na barra do Porto pelo bispo D.Miguel da Silva. Até ao reinado de D.José I a sinalização marítima era quase inexistente e a que havia estava a cargo de particulares, que acendiam fogos nos pontos mais altos ou visíveis servindo de aviso e orientação, ou então, com intuito de assaltarem os mais incautos, faziam-nos esmagar contra as falésias ou baixíos. Em 1761 o farol de N.Sra. da Luz, a norte da barra do Porto, e o de N.Sra. da Guia em Cascais, foram os primeiros faróis a cargo do Estado, seguindo-se no ano seguinte o do cabo da Roca. Ainda por decreto do Marquês de Pombal no ano de 1775 implantou-se um farol na fortaleza de S.Lourenço, no ilhéu do Bugio, e outro na Arrábida, mais tarde transferido para a fortaleza de Outão. Só 15 anos mais tarde puderam ser acrescentados à lista o farol do cabo Espichel e o do cabo Carvoeiro. A meio do século seguinte veio o da Berlenga (1840) seguindo-se S.Vicente (1846), cabo de Sta.Maria (1851) e cabo Mondego (1858). Nesta altura, e passados 100 anos da promulgação do alvará pombalino, existiam em Portugal apenas 12 faróis. O farol de Esposende de 1866, no forte de S.João Baptista, é uma das raras torres metálicas existentes em Portugal. Dois anos depois no norte da baía de Cascais entra em funcionamento o farol de Sta.Marta. Somente em 1870 é que as Ilhas começam a ser alvo de atenção com o farol da ponta de S.Lourenço, seguindo-se em 1876 a ponta do Arnel em S.Miguel e no ilhéu de Cima de Porto Santo em 1900. Juntamente com o farol do cabo Raso na fortaleza de S.Brás, o farol de Aveiro foi erguido em 1893 após 8 anos de construção. Seguiram-se a ponta de Sagres (1894) e o forte do Cavalo (1896) em Sesimbra. Entre 1908 e 1927 são construídos dezasseis farois no Continente e Ilhas. Serreta (Terceira), ponta das Lages (Flores), Montedor (Viana do Castelo), Penedo da Suadade (S.Pedro de Muel), ponta da Piedade (Lagos), Gibalta e Esteiro (Caxias), cabo Sardão (entre Sines e S.Vicente), Ribeirinha (Faial), Alfanzina (Lagoa), ponta do Pargo (Madeira), V.R.Sto.António, Albarnaz (Flores), Leça de Palmeira, ponta do Topo (S.Jorge) e Gonçalo Velho (Sta.Maria). Hoje em dia até as pequenas ilhas Desertas (em 1959) e as longínquas Selvagens (em 1977) estão sinalizadas com faróis, como padrões da nossa soberania. Nestas últimas as células fotovoltaícas inauguraram em 1981 o uso de energias limpas, iniciando um novo ciclo onde a modernização e automatização farão a diferença no tempo futuro. No ano de 1881 foi criada uma Comissão de Faróis e Balizas com um plano de sinalização marítima da costa, portos e barras. Cerca de vinte anos depois, a dependência dos faróis passa do Ministério das Obras Públicas para o Ministério da Marinha, onde, com a denominação de Direcção dos Faróis, se encontra ainda hoje. Para uma leitura mais atenta sugere-se o livro de Maria Regina Louro e João Francisco Vilhena, Faróis de Portugal edição da Gradiva.

Alguns dos nossos Faróis

    Leça Situado em Leça da Palmeira entre o rio Ave e Douro, apesar de ter sido dos últimos faróis a serem construídos (1927), foi o primeiro a ser incluído na rede telecontrolada de Leça da Palmeira em 1979. Cabo da Roca "... onde a terra acaba e o mar começa ...", no ponto mais ocidental do continente Europeu, ergue-se sobre umas escarpas, a mais de 140 m. do nível do mar, o farol do cabo da Roca. Foi implantado em 1762 no reinado de D.José I. Bugio
    Situado sobre um rochedo à entrada do estuário do Tejo, a cerca de 1,5 M a Sul do forte de S. Julião da Barra, o forte de S.Lourenço foi edificado em 1586 com projecto de influência italiana renascentista do arquitecto Frei Giovanni Vincenzo Casale. D.Sebastião já tinha tido a ideia de o edificar naquele local, mas ficou-se apenas pela construção de uma torre de madeira em 1578. As obras e alguns melhoramentos terminaram durante o reinado de D.João IV, sob orientação de Frei João Torriano. Após inúmeras catástrofes marítimas e por decreto do Marquês de Pombal, em 1775 instalou-se ali um farol. A pouca eficiência e consequente inutilidade como ajuda à navegação do aparelho de então está na origem das queixas em 1812, que obrigaram a alterações nos anos de 1829 e 1836. Dezaseis "candeeiros de Argand" produziam uma luz branca com um alcance de 16 milhas em 1865. Em 1895 a modificação no aparelho, agora alimentado a petróleo, produzia além da luz branca fixa, clarões vermelhos de 20 em 20 segundos. O gás passa a ser fonte de energia em 1933 para em 31 de Dezembro de 1959 dar lugar à electricidade. Várias gerações de faroleiros passaram por ali, até que em 1982 foi abandonado à automatização. O estado de degradação das muralhas da fortaleza, devido à forte exposição à violência das vagas, exigem obras de fundo com grande urgência correndo-se o risco eminente de colapso das muralhas e a curto prazo a destruição total do mais belo farol português. Leia um artigo do LNEC sobre o Farol do Bugio. Sta. Maria Na barra de Faro e Olhão, mais precisamente a SW na ilha da Culatra, fica o ponto mais a sul de Portugal Continental. Construído em 1851 o farol de Sta.Maria foi o primeiro farol português a possuir uma lente de Fresnel em 1859. Guia (Macau)
    No mais alto ponto de Macau foi mandado construir em 1937 pelo capitão António Ribeiro a fortaleza da Guia destinada a defender a fronteira com a China. O elemento fundamental do forte é o farol erguido em 1865 e o mais antigo da costa chinesa. Trabalhava inicialmente a parafina e está electrificado desde 1909. Ao lado ergue-se um mastro em que são içados os sinais de aproximação de tufão.

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Lighthouse Society of Great Britain - Faróis de Inglaterra e Irlanda

Fonte:  http://www.ancruzeiros.pt

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