sábado, 17 de dezembro de 2011

O que disse o poeta a propósito de faróis

Solo guardas tinieblas
Pablo Neruda
Faróis? São os gumes
da espada
que corta a noite.
Aos gomos parece
que cai, a noite
precipita-se em sombras no mar.
É densa a noite
mas parece elástica
quando o farol
revolve o escuro
das íntimas
gavetas.
Faróis? São os guardas
que emergem
da altura das trevas,
o seu olhar
guia como os olhos
aos pássaros marítimos.
Como o mar
se assombra
ante esses sóis fictícios!

João Tomaz Parreira

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Farol da Barra como espada que corta a noite


Farol da Barra, postal década de 70 

FAROL DA BARRA

“Faróis? São os gumes
da espada
que corta a noite”
J. T. Parreira, in “O que disse p poeta a propósito de faróis”

Uma noite após outra
cadente em gomos
das gavetas do breu
observamos como
a espada de luz
do farol
corta e disseca

longe lá longe
emergindo na distância
sobre a côdea
escura do mar
a ponta da espada
resvala a passagem
dos navios

e nós,
como gotas aspergidas
de espuma do mar
ou como pingos
de noite
à sombra da altura
do farol
sentados na praia

30/03/10

Rui Miguel Duarte



in http://poetasalutor.blogspot.com

sábado, 22 de outubro de 2011

kauhola Point Lighthouse, Havaí


via http://www.premierphotographer.com



Este belo Farol foi demolido em 2009, pois sua estrutura fora comprometida por um terremoto ( a faixa de terra recuou vários metros). Em seu lugar foi inserida uma luz monopolo, a uma distância próxima do antigo Farol.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Farol, um poema

Na escuridão das águas de minha vida
passei a infância tentando navegar.
As vezes parecia rio, as vezes parecia mar,
outras vezes calmaria e outras, tormenta.


Mas vida seguia assim, como num mar escuro.
Sem destino certo, sem vida sendo vivida.
Sem esperança de viver coisa alguma.
Todos os projetos foram esquecidos.


Não tinha a maior graça da vida.
Viver aquilo pelo qual se pudesse morrer
Eu vivia tudo que desse pra viver.
Finalmente senti que não tinha graça a vida.


Flutuei à deriva toda a juventude.
Gastando as forças sem viver.
Nada produzi, nada conquistei.
Se foram mar afora as amizades que ganhei.


Há quem me dera um farol naquela época.
Não perderia tanto tempo da infância.
Não viveria morrendo sem pressa.
Não teria tanto para me arrepender!


Já agora porém, há uma luz na escuridão do mar.
Estando eu no limiar dessa idade.
Sei que posso agora navegar.
Uma direção agora eu tenho, posso me lançar.
Sei a onde ir, sei onde vou chegar.


Marcos André (Esperando ver o Mestre) 



Fonte: http://umtempodepaz.blogspot.com

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Farol do Cabo de S. Vicente, Primeiro Farol de Portugal



Atualmente, o Farol situa-se no promontório do Cabo de S. Vicente a 86 metros de altitude e 28 de altura.
 Já há muito tempo, no início do século XVI, existira na mesma zona um pequeno farol que fazia parte do ali erguido Convento do Corvo, e onde presumidamente estariam as relíquias do santo que deu nome ao local. Apesar de estar fortificado desde 1508, esse convento foi várias vezes assaltado, pelo que o seu farol foi alvo de sucessivos trabalhos de restauração.A actual construção data de 1846 e foi mandada eregir pela Rainha D. Maria II, mas o que lhe dá a titularidade do mais antigo farol de Portugal foi a sua antiga construção estar inserida no Convento do Corvo. Infelizmente, a sua manutenção foi descuidada e, também devido às intempéries meteorológicas da zona, o farol atingiu um estado de ruina durante longos anos.Em 1897, devido ao estado precário do farol, iniciaram-se os trabalhos de remodelação que duraram cerca de 11 anos.  Assim,a luz do farol passou a ter um período de 15 segundos e 5 relâmpagos. O seu alcance luminoso rondava as 33 milhas.Em 1914 foi instalado um sinal sonoro e em 1926 foram instalados motores-geradores para permitir a substituição da lanterna a vapor de petróleo por uma lâmpada eléctrica. Dadas as exigências da Segunda Guerra Mundial, em 1947 foram-lhe instalados painéis deflectores, tornando-se, assim, num farol aeromarítimo e em 1948 foi ligado à rede pública de energia eléctrica. 

Para que o Farol do Cabo de S. Vicente esteja em tão bom estado, actualmente, são necessários 6 faroleiros para a sua guarnição. No entanto, a sua beleza não se deve só ao empenho dos faroleiros no seu trabalho, mas também à Natureza que lhe concede tão magnifica paisagem, onde o pôr-do-sol é cem vezes maior do que em qualquer outro local do país.

domingo, 31 de julho de 2011

Farolete Comandante Ferraz - Um Farol brasileiro na Antártida


Farolete Comandante Ferraz


Farolete Comandante Ferraz é um sinal luminoso brasileiro localizado na enseada Martelbaía do Almirantado, na ilha do Rei George, arquipélado das Shetland do SulAntártica.
É constituído por uma torre de estrutura metálica em treliça, pintada de branco com uma faixa vermelha, com 4 metros (13 pés) de altura.[3]
A sua instalação foi realizada entre 2 e 13 de dezembro de 1984, por uma equipa do Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Barão de Teffé (H-42).[1]
Em 2007, entre 12 de fevereiro a 8 de março, no âmbito da Operação Antártica III[4] uma equipe do CAMR, apoiada pela SECIRM,AMRJNApOc Ary Rongel (H-44) e Estação Antártica Comandante Ferraz, realizou a substituição do Farolete Comandante Ferraz, após mais de 20 anos de desgaste da estrutura anterior.[2]
Trata-se do sinal luminoso mais austral mantido pelo Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego (CAMR), da Marinha do Brasil.
A sua função é a de contribuir para a navegação, fundeio e manutenção de posição dos navios que demandem aquela enseada, no continente antártico.

sábado, 9 de julho de 2011

Ilha do Farol - Arraial do Cabo - Rio de Janeiro

Novo Farol em Arraial do Cabo - Foto de José Conde da Rocha
O novo Farol na ilha


Novo Farol

Praia da Ilha do Farol

Vista do alto da Ilha do Farol - Foto de José Conde da Rocha
Vista do alto da ilha do Farol, as águas límpidas e azuis de 
Arraial são um convite ao mergulho


Ruínas do Farol antigo

José Conde da Rocha

Arraial do Cabo está localizado a 180 Km da cidade do Rio de Janeiro em uma região privilegiada pela natureza. Limita-se ao norte com Cabo Frio e a Lagoa de Araruama, ao sul e leste com Oceano Atlântico e a Oeste com o município de Araruama.
Aqui se localiza a Ilha de Cabo Frio, também conhecida como a Ilha do Farol, o ponto extremo do litoral brasileiro na costa sudeste.
Seus 35 km de praias são ótimos para banhos, para a prática de mergulho e esportes náuticos em geral. Seu mar, lajes e ilhas são ótimos para pesca, inclusive a submarina, com grande variedade de peixes. Cerca de 60% de sua população vive da pesca.

COMO CHEGAR A ARRAIAL DO CABO

Partindo do Rio:
* Carro - Seguir pela rodovia Amaral Peixoto até Cabo Frio e depois entrar à direita na RJ-140; ou, seguir pela BR-101, passando por Rio Bonito e Araruama, e no Trevo de São Cristóvão, final da Avenida América Central, entrar na RJ-140, que liga Cabo Frio a Arraial do Cabo.
* Ônibus - Na Rodoviária Novo Rio - Auto-Viação 1001, com diversas saidas diárias.

Partindo de São Paulo:
* Carro - Ir até o Rio pela Via Dutra e depois seguir indicação "Partindo do Rio", acima.
* Ônibus -Na Rodoviária Tietê - Auto-Viação 1001(Tel. 267-1677) - com saídas diárias às 22:30 hs e com uma saída extra às 6ªs feiras às 8:00 hs.
Outra opção é ir até Cabo Frio pela Auto-Viação 1001, e de lá seguir para Arraial do Cabo, utilizando-se das linhas locais.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Niterói e Mar Wallpapers


Cultura de Mariscos em Jurujuba, Niterói









Praia Adão e Eva, Jurujuba, Niterói - RJ


Praia Adão e Eva, Jurujuba, Niterói - RJ


Vista da cidade do Rio de Janeiro, a partir de Niterói

Fotos do Bairro de Jurujuba, em Niterói - Estado do Rio de Janeiro
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Photos of the District Jurujuba in Niteroi - Rio de Janeiro State - Brazil
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segunda-feira, 30 de maio de 2011

A História dos Faróis e da Sinalização Náutica

Farol de Alexandria

HISTÓRICO DA SINALIZAÇÃO NÁUTICA

Os povos antigos, ao se aventurarem em explorações marítimas, necessitavam de referências em terra que lhes proporcionassem um retorno seguro. Surgiram os primeiros desenhos das costas, que deram origem aos mapas e cartas cartográficas.

À noite, no entanto, outra solução deveria ser encontrada. Passaram, então, a acender fogueiras em elevações rochosas. Para proteção contra intempéries, ergueram paredes e tetos de pedra ao redor, dando origem aos faróis.

Cronologia

300 AC – Farol de Alexandria, cidade do Egito com um dos portos mais ricos do mundo antigo, construído por Ptolomeu II na ilha de Pharos – daí o nome farol que passou a denominar todas as construções similares – o mais antigo de que se tem notícia, com cerca de 130 metros de altura, sua luz podia ser vista a 22 milhas náuticas (cerca de 40km) de distância. Era considerado uma das sete maravilhas do mundo até sua destruição por um terremoto em 1300.

40 DC – O Imperador Calígula, durante a invasão da Gália e da Bretanha, mandou construir, no continente um farol que se imagina ser o atual Boulogne (em Calais), e na ilha, três outros, um dos quais, resta em Dover.

50 DC – Farol de Ostia, com cerca de 30 metros de altura, o mais famoso depois do de Alenxandria, cuja construção foi terminada pelo Imperador Cláudio. Foi destruído por um maremoto.

400 – Até o declínio do Império Romano cerca de 30 faróis foram construídos entre o Mar Negro e Gibraltar, no sul da Europa e norte da África.

1130 – Farol de Gênova, fogueira na ponta do promontório de São Benigno. Considerado pelos italianos o primeiro de nossa Era.

1157 – Farol de Meloria (próximo a Livorno) o primeiro construído em Mar aberto.

1500 – Descobrimento do Brasil.

1520 – Farol de São Vicente, o primeiro acesso em Portugal, no Mosteiro de São Francisco.

1550 – Farol de Cordouan, próximo a Bordeaux, na França, o mais antigo farol em serviço no mundo.

O Farol de Santo Antonio

1697 – A mais antiga referência documental do Farol de Santo Antonio da Barra, na Bahia, o primeiro do Brasil.

Os primórdios dessa atividade no Brasil, portanto, podem ser datados do século XVII, quando é aceso, na Baía de Todos os Santos, em Salvador (BA), o farol construído no recinto do Forte de Santo Antônio da Barra: ... “compunha-se de um torreão quadrangular de altura meã, encimado de uma sorte de quiosque lateralmente envidraçado, no qual arderiam à noite um ou mais lampiões avantajados, alimentados a óleo de baleia”...


Farol de Santo Antônio - BA

É, de que se tem notícia, a primeira construção de sinalização náutica erigida no continente americano. E o farol, então aceso, permanece ativo, evidentemente com as modificações impostas ao longo do tempo e pelos avanços tecnológicos ocorridos.

No transcurso dos séculos XVIII e parte do século XIX, a sinalização náutica de nossa costa permanece sob a responsabilidade primeiramente das Capitanias- Gerais e, após a Independência, das Capitanias dos Portos das Províncias do Império.

1808 – Alvará de 23 de agosto de 1808. Os faróis do Brasil são autorizados pela Real Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação e mantidos pelos Presidentes das respectivas Províncias.

1822 – Independência do Brasil – São dessa época os primeiros registros de inauguração de faróis no país.

1834 – Regulamento de 13 de janeiro de 1834 para os Arsenais de Marinha do Império. Os faróis são subordinados aos Arsenais.

1845 – Decreto Legislativo nº 358 de 14 de agosto de 1845. Os faróis passam a ser administrados e inspecionados pelas Capitanias dos Portos.

1876 – Decreto nº 6108 de 26 de janeiro de 1876 cria a Repartição de Faróis responsável pela administração e direção geral do serviço de iluminação da costa, portos, rios e lagoas do Império.

Em 1891, a Repartição de Faróis é integrada à Repartição da Carta Marítima, sucessora da Repartição Hidrográfica, origem, por sua vez, da DHN. Essa fusão foi um passo de grande acerto pois uniu, sob a égide de um mesmo organismo, duas atividades complementares: a construção da carta náutica e a sinalização náutica, ambas concorrendo para as mesmas finalidades: a segurança da navegação e da vida humana no mar e nas águas interiores.

O Século dos Faróis Guarnecidos

O Século XIX é caracterizado pela precípua necessidade de os faróis serem guarnecidos por dois ou três faroleiros, a quem cabia acendê-los ao entardecer, dar-lhes cordas durante a noite (quando para exibir luz intermitente) e apagá-los pela manhã.
Principalmente entre nós, esse período é também aquele em que atravessamos uma rápida evolução tecnológica, um sensível crescimento numérico de sinais e expressivas reorganizações administrativas.

As rústicas atalaias de madeira e as primitivas construções de alvenaria foram sendo, a partir da Independência, paulatinamente substituídas por robustas torres (ainda hoje existentes) e esguios postes de ferro fundido provenientes da Inglaterra. As fabulosas torres Mitchell, com residências suspensas, construídas sobre sapatas roscadas em terrenos arenosos são importadas para Salinas, Aracaju, Belmonte, Rio Real e São Tomé, dentre outros.

Evoluímos dos candelabros e lampiões suspensos, dos aparelhos com refletores parabólicos de luz fixa, aos sistemas rotativos de corda (tal qual a de um relógio cuco) e aos aparelhos lenticulares de cristal importados da França, na ocasião, o único fabricante no mundo.

As velas de espermacete e os óleos combustíveis vegetais, utilizados para inflamar as mechas das lamparinas de luz fixa cedem lugar ao querosene misturado ao ar sob pressão para incandescer um véu ou camisa, tipo Aladin.
Por ocasião de publicação da primeira relação de faróis e faroletes de nossa costa, eleborada com dados fornecidos pela Diretoria de Faróis, em 1896, tinhamos 48 faróis dos quais 8 em ilhas, 36 faroletes e 2 barcas-farol.

Muitos de nossos principais faróis, ainda hoje, conservam suas torres e aparelhos lenticulares originais. Atualmente, apenas 30 de nossos faróis são guarnecidos.

Em 1947, atendendo ao novo Regulamento da Diretoria Geral de Hidrografia e Navegação, é criado o Departamento de Sinalização Náutica, instalado na Base Almirante Moraes Rêgo, na Ilha de Mocanguê Grande. Em 9 de julho de 1965, é criado o Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rêgo (CAMR), que permanece instalado na Ilha de Mocanguê Grande, sendo extinta, em conseqüência, a Base Almirante Moraes Rêgo.

Em 17 de dezembro de 1998, o CAMR é extinto, sendo novamente reativado em 10 de outubro de 2000.

Evolução tecnológica:

- Em 1º de janeiro de 1932, é aceso, nos Penedos de São Pedro e São Paulo, o primeiro farol aeromarítimo, sem guarnição, no Brasil;

- Em 19 de fevereiro de 1955, é inaugurado o sistema de alinhamento luminoso para entrada de porto, em Paranaguá (PR), sendo este o primeiro alinhamento instalado no País;

- Em7 de dezembro de 1961, é instalada a 1ª lanterna elétrica empregada em bóia luminosa no Brasil, no balizamento da Baía de Guanabara, substituindo as lanternas a gás acetileno;

- Em 19 de junho de 1967, a bóia de luz “Laje dos Meros”, fabricada em aço, é substituída por bóia fabricada em resina plástica (fiberglass) dando início ao emprego desse material em nossa sinalização náutica;

- Em 17 de novembro de 1986, é completada a harmonização para o Sistema de Balizamento Marítimo Região “B” da Associação Internacional de Sinalização Náutica (IALA), de todos os sinais náuticos do litoral do Brasil sob responsabilidade da Marinha;

- Em 11 de dezembro de 1986, é concluída a conversão para energia elétrica e lâmpada incandescente de todos os aparelhos de luz de nossos faróis, que empregavam até então o querosene como fonte luminosa;

- Em 13 de maio de 1987, é reformulado todo balizamento da Barra Norte do Rio Amazonas, com a instalação de uma barca farol automática dotada de “radar beacon” (RACON);

- Em 02 de janeiro de 2001, é iniciada a implantação do sistema foto-voltaico, com baterias seladas (chumbocálcio), nas bóias luminosas do balizamento da Baía de Guanabara; 

Bóias Laterais

- Em maio de 2002, as lâmpadas halógenas de 1000w do Radiofarol São Tomé são substituídas por lâmpadas de vapor multimetálico de 150w, propiciando o aumento de intensidade luminosa e redução de 85% no consumo de energia.


Fonte: https://www.mar.mil.br

quinta-feira, 19 de maio de 2011

NAVIOS, poema de Antonio Costta


Farol aceso
Navios no mar
Querem ilesos
Ao cais chegar.

Cuidado com as pedras
Navios no mar!
Há um farol aceso,
Aonde está?

Há navios querendo
Navegar em paz;
Desviar das pedras,
Abortar num cais.

Cuidado, poetas
De algum lugar!
Sempre haverá um navio
Querendo chegar.

Trazendo versos
Para agente rimar;
Trazendo lágrimas
Para agente chorar!

Trazendo canções
Para agente cantar;
E recordações
Para agente lembrar.

Trazendo, trazendo,
Querendo deixar
A nossa alegria...
Do tamanho do mar?

Por que os navios
Não vem carregar
A nossa tristeza
Para o meio do mar?!

Antonio Costta, no blog http://antoniocostta.blogspot.com/

domingo, 8 de maio de 2011

Papel de Parede Farol

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Duas imagens de grande qualidade, de Marian Trinidad. 
Clique nas imagens para ampliar.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

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