quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Faróis do Brasil - Brazilian Lighthouses

 AL-01 - Porto das Pedras
 
Faróis ativados e respectivos códigos. (Lighthouses activated and codes)
Última atualização: 01 dezembro 2009 (Last updadted: Dec, 01, 2009)

CODE  -    FARÓIS (LIGHTHOUSES)
AL-01 - PORTO DAS PEDRAS     
AL-02 - MACEIÓ                 
AL-03 - CORURIPE  
.              
AP-01 - PAU CAVADO             
AP-02 - PEDREIRA               
AP-03 - ILHA  DO PARÁ                                   
AP-04 - BAILIQUE
AP-05 - GUARÁ
AP-06 - CALÇOENE 
AP-07 - ILHA CAMALEÃO
.
BA-01 - GARCIA D'AVILA
BA-02 - CABOTO
BA-03 - ILHA DO FRADE
BA-04 - ITAPUÃ
BA-05 - SANTO ANTONIO (Barra)
BA-06 - MORRO DE S. PAULO
BA-07 - CONTAS
BA-08 - ILHÉUS
BA-09 - COMANDATUBA
BA-10 - BELMONTE
BA-11 - PORTO SEGURO
BA-12 - ALCOBAÇA
BA-13 - COROA VERMELHA
BA-14 - ABROLHOS
BA-15 - SUBAÚMA
BA-16 - MONTE SERRAT
.
CE-01 - JERICOACOARA
CE-02 - ITAPAJÉ
CE-03 - PONTAL DAS ALMAS
CE-04 - MUNDAÚ
CE-05 - MUCURIPE
CE-06 - ARACATI
CE-07 - PONTA CAJUAIS
CE-08 - PECEM 
CE-09 - PARACURÚ(Nº. provisório) 
.
ES-01 - MUCURI
ES-02 - RIO DOCE
ES-03 - BARRA DO RIACHO
ES-04 - SANTA LUZIA
ES-05 - ESCALVADA
ES-06 - UBÚ
ES-07 - ILHA DO FRANCÊS
.
MA-01 - SÃO JOÃO
MA-02 - MANGUNÇA
MA-03 - PIRAJUBA
MA-04 - SANTANA
MA-05 - PIRAREMA
MA-06 - ALCANTARA
MA-07 - ARAÇAGI
MA-08 - SÃO MARCOS
MA-09 - ILHA DO MEDO
MA-10 - PREGUIÇAS
MA-11 - CANARIAS
.
OC-01 - S.PEDRO/S.PAULO
OC-02 - ATOL DAS ROCAS
OC-03 - FERNANDO DE NORONHA
OC-04 - TRINDADE                                           
OC-05 - RATA
.
PA-01 - SIMÃO GRANDE
PA-02 - CURUÇÁ
PA-03 - PONTA DA TIJOCA
PA-04 - MARAPANIM
PA-05 - SALINÓPOLIS
PA-06 - TAIPÚ
PA-07 - QUATIPURU
PA-08 - SALVATERRA
PA-09 - PONTA MARIA TERESA
PA-10 - CAETÉ
PA-11 - APEÚ                                                
PA-12 - JOANES
.
PB-01 - CABO BRANCO
.
PE-01 - (deletado - Deleted)
PE-02 - (deletado - Deleted)
PE-03 - PONTA DE PEDRAS
PE-04 - OLINDA
PE-05 - RECIFE
PE-06 - SANTO AGOSTINHO
PE-07 - TAMANDARÉ
.
PI-01 - PONTA DAS CANÁRIAS
PI-02 - LUIS CORREIA
PI-03 - PEDRA DO SAL
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PR-01 - CONCHAS (Ilha do Mel)
PR-02 - CARAGUATÁ
PR-03 - CAIOBÁ
.
RJ-01 - GUAXINDIBA
RJ-02 - ATAFONA
RJ-03 - SÃO TOMÉ
RJ-04 - MACAÉ (I. SANTANA)
RJ-05 - SANTA CRUZ
RJ-06 - PONTA NEGRA
RJ-07 - CABO FRIO
RJ-08 - MARICÁS                                            
RJ-09 - PALMAS
RJ-10 - RASA
RJ-11 - ITACOATIBA
RJ-12 - GUARATIBA
RJ-13 - PAU A PINO
RJ-14 - MARAMBAIA
RJ-15 - CASTELHANOS
RJ-16 - RAPADA
RJ-17 - PONTA DOS MEROS
RJ-18 - JUATINGA
.
RN-01 - (deletado - Deleted)
RN-02 - PONTA DO MEL
RN-03 - SANTO ALBERTO
RN-04 - CALCANHAR
RN-05 - GAMELEIRA
RN-06 - SÃO ROQUE
RN-07 - NATAL
RN-08 - BACOPARI
RN-09 - GALINHOS
.
RS-01 - TORRES
RS-02 - ARROIO DO SAL
RS-03 - CAPÃO DA CANOA
RS-04 - TRAMANDAÍ
RS-05 - CIDREIRA
RS-06 - SOLIDÃO
RS-07 - CRISTOVÃO PEREIRA
RS-08 - MOSTARDAS
RS-09 - CONCEIÇÃO
RS-10 - BARRA
RS-11 - SARITA
RS-12 - ALBARDÃO
RS-13 - CHUÍ
RS-14 - VERGA
RS-15 - ITAPUÃ DA LAGOA
.
SC-01 - ILHA DA PAZ
SC-02 - PONTA DO VARRIDO
SC-03 - CABEÇUDAS
SC-04 - ARVOREDO
SC-05 - PONTA DA GALHETA
SC-06 - NAUFRAGADOS
SC-07 - CORAL                                               
SC-08 - PONTA DO CATALÃO
SC-09 - IMBITUBA
SC-10 - ARARAS
SC-11 - ILHA DOS LOBOS
SC-12 - SANTA MARTA
SC-13 - ARARANGUÁ
SC-14 - ANHATOMIRIM
.
SE-01 - SERGIPE
SE-02 - ARACAJU
SE-03 - RIO REAL
.
SP-01 - UBATUBA
SP-02 - MASSAGUAÇU
SP-03 - VITORIA
SP-04 - PONTINHA
SP-05 - PEDRA DO CORVO
SP-06 - PONTA DO BOI
SP-07 - MOELA
SP-08 - ALCATRAZES
SP-09 - LAJE DA CONCEIÇÃO
SP-10 - LAJE DE SANTOS
SP-11 - QUEIMADA GRANDE
SP-12 - ICAPARA
SP-13 - BOM ABRIGO

ASSOCIAÇÃO DE EXPEDICIONÁRIOS ILHÉUS - A.E.I.
DIPLOMA FARÓIS BRASILEIROS - DFB - (Brazilian Lighthouses Award)

Fonte: http://www.aei.radioamador.org.br/dfb_lista.htm
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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Um roteiro com os faróis que iluminam Alagoas... ...e são inspiração para músicas e poesias

Fonte:http://gazetaweb.globo.com

JANAYNA ÁVILA - Repórter

Eles costumam ser úteis apenas para as embarcações, mas quem mora em Alagoas e cultiva os laços afetivos com o Estado costuma vê-los como ícones da nossa paisagem. Uma prova dessa importância dos faróis, cuja função é guiar quem navega, é o fato de que eles estão não apenas na nossa história, mas também na literatura e na música. Poemas do alagoano Lêdo Ivo fazem referência às águas negras da noite de Maceió, iluminadas pelos faróis marítimos. Até um dos mais tradicionais bairros da cidade, situado na parte alta da capital, recebeu seu nome em homenagem à presença, no passado, de um farol, no local que hoje abriga o Mirante de São Gonçalo.
Além de Lêdo Ivo, outro alagoano ilustre inspirado na presença marcante desse instrumento na geografia local é o cantor e compositor Djavan, que cita, na canção Alagoas, o bairro situado na parte alta da capital: “Eu fui batizado na capela do Farol/ Matriz de Santa Rita, Maceió”.
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CORURIPE
Localizado no Pontal de Coruripe, Litoral Sul de Alagoas, a cerca de duas horas de Maceió, o Farol Coruripe, como foi batizado pela Marinha, tem faixas pretas e brancas dispostas horizontalmente. Cercado por bares e restaurantes que servem uma culinária à base de frutos do mar, visitar o farol que ilumina uma das mais belas regiões do litoral alagoano é também uma boa oportunidade para conhecer o artesanato do Pontal, com cestaria da palha do ouricuri.
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  PONTA VERDE
Segundo informações da Capitania dos Portos de Alagoas, o Farol Ponta Verde é o limite entre os dois bairros mais badalados da orla maceioense: Ponta Verde e Pajuçara. Num mar calmo, de águas azul-berilo, ele tem faixas vermelhas e brancas e faz parte, definitivamente, da paisagem de Maceió. Para chegar até ele é só esperar uma maré baixa. Mas, vá com sandálias de borracha: as pedras e os ouriços podem machucar os pés.
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JACINTINHO
Ele é tão presente na paisagem local que recebeu o nome da capital alagoana. O Farol Maceió fica na Rua Campo Alegre, no Jacintinho, e foi inaugurado em 1951. É o único que tem losangos pretos e brancos. Quem agenda a visita pode subir até ao setor, que guarda lâmpadas e defletores (o farol, propriamente). Terá que “vencer” 133 degraus numa escada caracol, mas vale cada passo: de lá, tem-se uma vista privilegiada da cidade.
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PORTO DE PEDRAS
O acesso ao Farol Porto de Pedras não é tão fácil, mas chegando até lá se tem uma vista do Rio Manguaba e de toda a região que forma a Costa dos Corais. Construído em 1940, visitá-lo é também uma forma de conhecer a história de Alagoas, já que a região guarda episódios como a “traição” de Calabar e a passagem de portugueses e holandeses pelo norte do Estado. A estradinha de paralelepípedo que leva até o farol fica ao lado da antiga Cadeia Pública, no Centro.
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AGENDE SUA VISITA!
CAPITANIA DOS PORTOS DE ALAGOAS
Fone: 3215-5800
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Coruripe: Como o farol fica na praia mesmo, não precisa agendar hora para apreciá-lo de perto. 
Foto: Gilberto Farias - Arquivo GA

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

FARÓIS de PORTUGAL

Clique para ver a lista de faróis respeitante ao (Continente , Madeira ou Açores).

desde a Antiguidade ...

    Os pontos de referência para mostrar a posição são uma necessidade para os navegadores. De dia, uma marca inconfundível na costa. De noite, uma luz que avise e afaste dos perigos ou que denuncie um abrigo das intempéries. O mais antigo farol de que se tem notícia é considerado uma das sete maravilhas do mundo. Ficava na ilha de Pharos frente a Alexandria no Egipto, derivando daí o nome de farol. Mandado construir cerca 300 A.C. por Ptolomeu Filadelfo, a obra em mármore branco, de Sóstrato de Cnidos, tinha 135 m. de altura (cerca de 3x o tamanho dos actuais!) e podia ver-se a sua luz a cerca de 100 Km, o que faria dele hoje em dia o mais potente farol. Esta construção, que serviu de modelo a muitos outros na antiguidade, foi destruída por um sismo em 1326. A seguir aos Fenícios e Gregos, os Romanos construíram faróis por todo o seu império, desde o farol de Bolonha, na Gália, a "Turris Ordens" ainda de pé no séc. XVI, até à "torre de Hércules", na Corunha, na costa NW de Espanha. Este, construído durante o reinado de Trajano (98 a 117 D.C.) e reconstruído em 1663, é considerado o farol mais antigo em funcionamento. Entre os séc. XII e XV construíram-se alguns faróis como o de Meloria (1157) e Magnale (1163) em Itália; no séc. XIII o de St.Edmund Chapel em Norfolk, Inglaterra; e os de Dieppe e Cordouan em França no séc. XIV. Em Portugal acendeu-se o primeiro farol na torre do Convento de S.Francisco no Cabo de S.Vicente em 1520. No entanto, o mais velho farol construído para esse fim foi mandado erigir na barra do Porto pelo bispo D.Miguel da Silva. Até ao reinado de D.José I a sinalização marítima era quase inexistente e a que havia estava a cargo de particulares, que acendiam fogos nos pontos mais altos ou visíveis servindo de aviso e orientação, ou então, com intuito de assaltarem os mais incautos, faziam-nos esmagar contra as falésias ou baixíos. Em 1761 o farol de N.Sra. da Luz, a norte da barra do Porto, e o de N.Sra. da Guia em Cascais, foram os primeiros faróis a cargo do Estado, seguindo-se no ano seguinte o do cabo da Roca. Ainda por decreto do Marquês de Pombal no ano de 1775 implantou-se um farol na fortaleza de S.Lourenço, no ilhéu do Bugio, e outro na Arrábida, mais tarde transferido para a fortaleza de Outão. Só 15 anos mais tarde puderam ser acrescentados à lista o farol do cabo Espichel e o do cabo Carvoeiro. A meio do século seguinte veio o da Berlenga (1840) seguindo-se S.Vicente (1846), cabo de Sta.Maria (1851) e cabo Mondego (1858). Nesta altura, e passados 100 anos da promulgação do alvará pombalino, existiam em Portugal apenas 12 faróis. O farol de Esposende de 1866, no forte de S.João Baptista, é uma das raras torres metálicas existentes em Portugal. Dois anos depois no norte da baía de Cascais entra em funcionamento o farol de Sta.Marta. Somente em 1870 é que as Ilhas começam a ser alvo de atenção com o farol da ponta de S.Lourenço, seguindo-se em 1876 a ponta do Arnel em S.Miguel e no ilhéu de Cima de Porto Santo em 1900. Juntamente com o farol do cabo Raso na fortaleza de S.Brás, o farol de Aveiro foi erguido em 1893 após 8 anos de construção. Seguiram-se a ponta de Sagres (1894) e o forte do Cavalo (1896) em Sesimbra. Entre 1908 e 1927 são construídos dezasseis farois no Continente e Ilhas. Serreta (Terceira), ponta das Lages (Flores), Montedor (Viana do Castelo), Penedo da Suadade (S.Pedro de Muel), ponta da Piedade (Lagos), Gibalta e Esteiro (Caxias), cabo Sardão (entre Sines e S.Vicente), Ribeirinha (Faial), Alfanzina (Lagoa), ponta do Pargo (Madeira), V.R.Sto.António, Albarnaz (Flores), Leça de Palmeira, ponta do Topo (S.Jorge) e Gonçalo Velho (Sta.Maria). Hoje em dia até as pequenas ilhas Desertas (em 1959) e as longínquas Selvagens (em 1977) estão sinalizadas com faróis, como padrões da nossa soberania. Nestas últimas as células fotovoltaícas inauguraram em 1981 o uso de energias limpas, iniciando um novo ciclo onde a modernização e automatização farão a diferença no tempo futuro. No ano de 1881 foi criada uma Comissão de Faróis e Balizas com um plano de sinalização marítima da costa, portos e barras. Cerca de vinte anos depois, a dependência dos faróis passa do Ministério das Obras Públicas para o Ministério da Marinha, onde, com a denominação de Direcção dos Faróis, se encontra ainda hoje. Para uma leitura mais atenta sugere-se o livro de Maria Regina Louro e João Francisco Vilhena, Faróis de Portugal edição da Gradiva.

Alguns dos nossos Faróis

    Leça Situado em Leça da Palmeira entre o rio Ave e Douro, apesar de ter sido dos últimos faróis a serem construídos (1927), foi o primeiro a ser incluído na rede telecontrolada de Leça da Palmeira em 1979. Cabo da Roca "... onde a terra acaba e o mar começa ...", no ponto mais ocidental do continente Europeu, ergue-se sobre umas escarpas, a mais de 140 m. do nível do mar, o farol do cabo da Roca. Foi implantado em 1762 no reinado de D.José I. Bugio
    Situado sobre um rochedo à entrada do estuário do Tejo, a cerca de 1,5 M a Sul do forte de S. Julião da Barra, o forte de S.Lourenço foi edificado em 1586 com projecto de influência italiana renascentista do arquitecto Frei Giovanni Vincenzo Casale. D.Sebastião já tinha tido a ideia de o edificar naquele local, mas ficou-se apenas pela construção de uma torre de madeira em 1578. As obras e alguns melhoramentos terminaram durante o reinado de D.João IV, sob orientação de Frei João Torriano. Após inúmeras catástrofes marítimas e por decreto do Marquês de Pombal, em 1775 instalou-se ali um farol. A pouca eficiência e consequente inutilidade como ajuda à navegação do aparelho de então está na origem das queixas em 1812, que obrigaram a alterações nos anos de 1829 e 1836. Dezaseis "candeeiros de Argand" produziam uma luz branca com um alcance de 16 milhas em 1865. Em 1895 a modificação no aparelho, agora alimentado a petróleo, produzia além da luz branca fixa, clarões vermelhos de 20 em 20 segundos. O gás passa a ser fonte de energia em 1933 para em 31 de Dezembro de 1959 dar lugar à electricidade. Várias gerações de faroleiros passaram por ali, até que em 1982 foi abandonado à automatização. O estado de degradação das muralhas da fortaleza, devido à forte exposição à violência das vagas, exigem obras de fundo com grande urgência correndo-se o risco eminente de colapso das muralhas e a curto prazo a destruição total do mais belo farol português. Leia um artigo do LNEC sobre o Farol do Bugio. Sta. Maria Na barra de Faro e Olhão, mais precisamente a SW na ilha da Culatra, fica o ponto mais a sul de Portugal Continental. Construído em 1851 o farol de Sta.Maria foi o primeiro farol português a possuir uma lente de Fresnel em 1859. Guia (Macau)
    No mais alto ponto de Macau foi mandado construir em 1937 pelo capitão António Ribeiro a fortaleza da Guia destinada a defender a fronteira com a China. O elemento fundamental do forte é o farol erguido em 1865 e o mais antigo da costa chinesa. Trabalhava inicialmente a parafina e está electrificado desde 1909. Ao lado ergue-se um mastro em que são içados os sinais de aproximação de tufão.

Visite outros faróis no mundo

National Parc System - Faróis nos E.U.
The Homepage of Lighthouses - Faróis de todo o mundo
Phil's Lighthouse page
Lighthouse Society of Great Britain - Faróis de Inglaterra e Irlanda

Fonte:  http://www.ancruzeiros.pt

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domingo, 1 de agosto de 2010

Símbolo do patrimônio histórico, faróis estão desaparecendo na França

Especialista em tesouros marítimos diz que desaparecimento é crime contra a civilização.
Owen Franken/New York Times/G1

Na fronteira mais longínqua da França, aonde a chuva chega horizontalmente do oceano, não há nada no horizonte exceto ondas e faróis, demarcando a linha entre a terra e o mar, o mar e o céu. Construídos como um auxílio técnico para marinheiros, cujos arquitetos geralmente não são conhecidos, os faróis da França vêm se tornando um símbolo do país, de seu “patrimoine”, ou patrimônio - uma palavra que lá carrega um sentido espiritual de patriotismo e nacionalismo.
Foi um francês, afinal, Augustin-Jean Fresnel, quem inventou uma lente transparente para faróis, e outro que pensou em colocar as lanternas em movimento em um tanque de mercúrio, que conduz eletricidade e se move com a terra.
No entanto, com os efeitos do tempo, do clima hostil e da automação, os faróis da França estão desaparecendo. Quase todos os guardadores de faróis se foram, incluindo todos aqueles responsáveis pela manutenção do interior dos faróis lá longe no oceano. Com a introdução de redes de satélite de posicionamento global, os faróis deixaram de ser cruciais para a vida dos marinheiros ou para os negócios do estado.
Mas os franceses ainda não confiam totalmente nos dispositivos de GPS americanos, sendo que a lei exige faróis e bóias luminosas. Não há nenhuma exigência para salvar os faróis mais belos – só é preciso que eles tenham uma luz forte e visível a até 58 km de distância no mar (clique para ler a continuação da reportagem).

Para Marc Pointud, especialista em tesouros marítimos, o desaparecimento dos faróis franceses é um crime contra a civilização. Ele fundou a Sociedade Nacional para o Patrimônio de Faróis e Sinalizações para salvá-los e, em artigo de capa de uma edição recente do “Chasse-marée”, ou Caça-maré, a bíblia náutica do país, ele disparou o alarme.
“Os faróis, especialmente aqueles no mar, alimentam o imaginário coletivo”, escreveu. “Eles trazem uma dimensão épica que pertence a grandes lendas e erguem um patrimônio em um todo único e inseparável.”
Pessoalmente, e diante de uma garrafa de cidra, Pointud é mais relaxado, mas ainda insistente. “Os faróis são o símbolo da presença do homem no oceano”, disse, “eles fazem as pessoas sonharem.”
Pointud reconhece que os esforços para salvar faróis longínquos no mar, como o Armen, o La Jument e o Kéréon, todos agora automatizados e sem guardadores, estão fadados ao fracasso. “É sempre uma questão de verba”, afirmou, acrescentando que o governo se importa mais com a manutenção da iluminação em detrimento das estruturas elegantes na qual reside a lâmpada. “Na maioria das vezes, para eles, faróis são como um sinal de trânsito, não uma parte do nosso patrimônio”.

Manutenção
Pointud tem algumas idéias para o turismo – cobrar mais para visitar os faróis e usar o dinheiro para reparos. Mas o Estado não está preparado para financiamentos desse tipo e o Ministério da Cultura, sobrecarregado por ter que manter “le patrimoine”, se concentra em construções mais grandiosas, mais antigas e em terra firme.

A França ainda tem um Departamento de Faróis e Sinalizações em seu Ministério da Infra-estrutura e há cerca de 150 faróis que merecem destaque nesse país marítimo, sem costa apenas em sua fronteira oriental.
Philippe Genty, líder do departamento nessa parte da Bretanha, chamada de Finistère – o fim do mundo – está dando o melhor de si para salvar o famoso farol de Eckmühl, construído nos anos 1890 com uma herança da filha de um dos marechais de Napoleão, para compensar, segundo ela, todo o sangue derramado por seu pai.
A construção é bela: uma torre de granito 55 metros acima do nível do mar, com uma escadaria curvada de 272 degraus, ladrilhada com opalino azul-turquesa pálido, levando a uma sala com painéis de madeira, uma estátua do marechal e um teto de mármore com ornamentos metálicos. Agora, muitas das escadarias em opalino, que já não se produz mais, estão rachadas ou quebradas, o ferro está oxidando e os painéis e o teto foram desmontados para substituir as vigas em processo de apodrecimento. O marechal está guardado em um depósito.
“Vemos os faróis como algo técnico, mas eles também são belos”, disse Genty. “Queremos manter nosso patrimônio, nossa herança.”
Após pressionar seu departamento e tentar trabalhar com o Ministério da Cultura, Genty dispõe de US$ 239 mil para começar a vedar o granito e substituir as vigas podres e o ferro enferrujado.
“Isso é suficiente para mantê-lo funcionando, para que não se desmorone”, ele disse. “Mas em 50 anos, se os faróis não forem restaurados, eles vão todos se despedaçar no oceano.”
Genty está trabalhando com Pierre Alexandre do escritório de Finistère do Ministério da Cultura. Alexandre observa que os faróis da região, devido ao seu valor histórico e de navegação, são os mais importantes da França. Ele está providenciando recursos para avaliações técnicas dos cinco faróis aqui classificados como monumentos históricos, incluindo o mais antigo, Le Stiff. “No momento, não podemos pensar em investir em faróis em alto mar”, afirmou Alexandre. “É impraticável.”
O Le Stiff, de 32 m de altura, tem orientado marinheiros desde 1699. Naquela época, grandes fogueiras eram produzidas com carvão mineral em seu topo; hoje, sua vidraça rosada é iluminada por uma grande lâmpada incandescente, controlada por computadores em terra, e muitas das salas estão interditadas porque o chão e as vigas estão apodrecendo.
O farol Creac’h, na parte ocidental da ilha, é muito maior, 55 m, mas também sofre sérios estragos estruturais. Sua maravilhosa escadaria está fechada para turistas porque o corrimão é muito baixo e o risco de acidentes é alto.
O Kéréon, construído no mar, é venerado pela sua forma elegante, painéis de madeira de carvalho e a sofisticada marchetaria de seu interior, com uma enorme estrela central – o símbolo dos faróis da França – trabalhada em madeira de ébano e mogno no assoalho. Conhecido como “Palácio dos Mares”, o Kéréon tem camas construídas dentro dos painéis de madeira das paredes e os dois guardadores do farol costumavam caminhar com chinelos de feltro para polir os pisos.

Guardadores
Mas hoje o Kéréon está vazio, sendo visitado somente por especialistas técnicos em longos intervalos. Seu interior, muitos afirmam, está se desintegrando com os estragos da umidade e da água.
Jean-Yves Berthelé, de 52 anos, foi um dos últimos guardadores do Kéréon, trabalhando em turno que incluía duas semanas no farol, uma em casa, uma no farol e uma em casa. Era bonito, como ele disse, “mas também muito repetitivo”. Os dois guardadores tinham que encontrar um jeito de quebrar a rotina de lavar as lentes e as janelas e cuidar da manutenção dos equipamentos. Além de conviverem um com o outro, ele disse. A televisão só chegou ao Kéréon no final dos anos 1980, “então, nós cozinhávamos toda hora”, disse Berthelé. “Como nós franceses dizemos, a força moral vem do prato.”


Os guardadores de farol eram famosos por suas bebedeiras e os arquivos examinados por Jean-Cristophe Fichou, acadêmico local, estão repletos de histórias de crime e violência.
Fichou, professor na cidade de Brest, escreveu sua dissertação de doutorado sobre os faróis da França e publicou três livros conceituados sobre o tema. Como Pointud, ele ama os faróis, mas também afirma que Pointud é muito dramático com relação a eles e que “fala um pouco alto demais.”
“A questão é o que temos condições de salvar”, disse Fichou. “É muito caro e nós nunca poderemos salvar aqueles faróis em alto mar. Nem podemos levar os turistas até lá – é caro e perigoso demais”. Construí-los foi um grande desafio para a engenharia, e os engenheiros tentaram fazê-lo de forma elegante, disse, “mas foi naquela época, agora acabou.” Pelo fato de os faróis estarem se deteriorando, “é claro que nosso interesse se desperta”, disse Fichou. “Mas também há certa beleza no fato de que algo está em decadência.”
Berthelé, o antigo guardador do Kéréon, ainda trabalha para o Departamento de Faróis e Sinalizações em Île d'Ouessant, uma ilha sem árvores, em forma de ovelha, visitada por até mil turistas por dia na temporada de verão. Como os outros antigos guardadores, ele senta em uma cadeira no escritório e observa computadores e relatórios meteorológicos.
Perguntado se, depois de passar uma época no farol, ele estava frustrado com a vida comum em uma casa mais normal, ele pensou por um instante. Então, simplesmente disse, com uma grande paixão repentina: “eu odeio cortinas.”
Fotos: Internet
 Veja apresentação power point com imagens dos faróis franceses
(Clique em "Apresentação de Slides" no canto inferior direito da tela com a apresentação para iniciá-la) "Les sentinelles del'Iroise" foi enviada por gentileza de Celso Chagas Ribeiro.

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