Amigos, para começarmos este blog sobre um tema tão fascinante, nada melhor do que publicar a definição (bem como maiores informações) sobre os faróis, extraída diretamente da Wikipédia. Difinitivamente não é um texto romântico; mas é bastante esclarecedor. Vamos lá:
Um
farol é uma estrutura elevada, habitualmente uma
torre, dotada de um potente aparelho óptico (fonte de luz e espelhos ou reflectores), cujo facho de
luz é visível a longas distâncias.
História
Utilizados desde a
antigüidade, quando eram acesas fogueiras ou grandes luzes de azeite (de
oliveira ou de
baleia), os faróis foram concebidos para avisar os navegadores que se estavam a aproximar da terra, ou de
porções de terra que irrompam pelo mar adentro.
As fontes de alimentação da luz foram melhorando, tendo sido o azeite substituído pelo petróleo e pelo gás, e posteriormente pela
electricidade. Paralelamente, foram inventados vários aparelhos ópticos, que conjugavam espelhos, reflectores e lentes, montados em mecanismos de rotação, não só para melhorar o alcance da luz, como para proporcionar os períodos de luz e obscuridade, que permitiam distinguir um
farol de outro.
Historicamente, este tipo de construções ganhou características temporais e sociais, sendo dotados de características distintas de zonas para zonas.
Actualmente são construcções de
alvenaria que incluem para além da torre (geralmente redonda para minimizar o impacto do vento na estrutura), a habitação do
faroleiro,
armazéns, casa do gerador de emergência, a "casa da ronca" (onde estão instalados os dispositivos de aviso sonoro que são utilizados em dias de
nevoeiro).
Frequentemente associado aos
faróis e aos faroleiros surge um outro personagem: os
afundadores. Este termo designa aqueles que criavam falsos
faróis com o intuito de atrair os navios para zonas perigosas, causando o seu afundamento, para posteriormente saquearem os destroços. Em
Portugal está prática nunca assumiu a dimensão que teve no norte da Europa, pois ao contrário do que aí acontecia, os salvados de um naufrágio em Portugal pertenciam à Coroa e não a quem os recuperasse.
Origem do termo
Tipo de luz
A luz emitida pelos faróis pode ser de vários tipos:
- Fixa (F) - Luz contínua com intensidade e cor constante
- Ocultações (Oc) - A duração da luz é maior que a duração da obscuridade
- Isofásica (Is) - A duração da luz e da obscuridade são iguais
- Relâmpagos (R) - A duração da luz e menor que a duração da obscuridade
- Cintilante (Ct) - A duração da luz e da obscuridade são iguais, mas com relâmpagos muito rápidos, (mais de 50 relâmpagos/minuto)
- Alternada (Alt) - Luz que apresenta alternadamente cores diferentes
O alcance da luz dos faróis varia de acordo com vários factores, tais como a potencia do aparelho óptico, localização do observador, etc, pelo que é expresso de três formas diferentes:
- Alcance geográfico - distância máxima a que a luz do farol pode ser visto, dada a curvatura da terra. Depende da altura do farol e da altura do observador em relação ao nível mar;
- Alcance luminoso - distância máxima que a luz pode ser vista em dada a potência da luz, do aparelho óptico e transparência atmosférica;
- Alcance nominal - é o alcance "oficial" do farol, aquele que vem indicado nas carta hidrográfica, Lista de Faróis e outras publicações oficiais.
Para o cálculo do alcance é fundamental ter conhecimento da altura (a distância entre a base e a luz) e a altitude (a diferença entre o
nível médio do mar e o plano focal da luz).
A cor da luz dos farois pode variar de acordo com convenções:
- Branco (br) - é a cor tradicional, mais usada, na luz dos faróis
- Vermelha (vm) - o vermelho é utilizado em faróis na entrada de barras, canais, rios, portos e docas, indicando que a embarcação tem de dar bombordo à luz
- Verde (vd) - o verde é utilizado em faróis na entrada de barras, canais, rios, portos e docas, indicando que a embarcação tem de dar estibordo à luz
Nota: o texto entre parêntesis é válido para as indicações em língua portuguesa Nota: a indicação do bordo a dar é válido para a Região A do Sistema de Balizagem Marítima.
Código Internacional de Luzes
Cor
- Amarela (Y) - Yellow
- Azul (Bu) - Blue
- Branca - (W) - White
- Laranja (Or) - Orange
- Verde (G) - Green
- Vermelha - (R) - Red
- Violeta (Vi) - Violet
Classe da Luz
Tabela I
Classe da Luz | Característica | Abrev. | Definição | Exemplo |
|
| F | Luz que se apresenta contínua e uniforme e de cor constante | F R | |
2. OCULTAÇÕES
Occulting
A duração total da emissão luminosa em cada período é maior do que a duração total da obscuridade e os intervalos de obscuridade (ocultações) têm habitualmente a mesma duração. |
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| 2.1 OCULTAÇÕES
SIMPLES
Single-occulting | Oc | Uma ocultação repete-se regularmente. | Oc R 6s | |
| 2.2 OCULTAÇÕES
AGRUPADAS
Group-occulting | Oc(x) | Grupos de um determinado número de ocultações repetem-se regularmente. | Oc(2) G 8s | |
| 2.3 OCULTAÇÕES
DIVERSAMENTE
AGRUPADAS
Composite group-occulting | Oc(x+y) | Luz semelhante à de Ocultaçoes Agrupadas, com a excepção de que grupos sucessivos, no mesmo período, contêm números diferentes de ocultações. | Oc(2+3) W 18s | |
| Iso | A duração da emissão luminosa e a duração da obscuridade são iguais. | Iso R 4s | |
4. RELÂMPAGOS
Flashing
A duração total da emissão luminosa em cada período é menor que a duração total da obscuridade e as aparições de luz (relâmpagos) têm habitualmente a mesma duração. |
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| 4.1 RELÂMPAGOS
SIMPLES
Single-flashing | Fl | Luz de relâmpagos em que um relâmpago se repete regularmente (a uma frequência inferior a 50 relâmpagos por minuto). | Fl G 5s | |
| 4.2 RELÂMPAGOS
LONGOS
Long-flashing | LFl | Uma emissão luminosa, de duração igual ou superior a 2 segundos (relâmpago longo) repete-se regularmente. | LFl W 10s | |
| 4.3 RELÂMPAGOS
AGRUPADOS
Group-flashing | Fl(x) | Grupos de um determinado número de relâmpagos, repetem-se regularmente. | Fl(3) R 15s | |
| 4.4 RELÂMPAGOS
DIVERSAMENTE
AGRUPADOS
Composite group-flashing | Fl(x+y) | Luz semelhante à dos relâmpagos agrupados, com a excepção de que grupos sucessivos, no mesmo período, contêm números diferentes de relâmpagos. | Fl(2+1) W 15s | |
5. CINTILANTE
Quick
Os relâmpagos (cintilações) repetem-se com uma frequência compreendida entre 50 e 79 relâmpagos por minuto. |
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| 5.1 CINTILANTE
CONTÍNUA
Continuos quick | Q | Os relâmpagos repetem-se regularmente. | Q W | |
| 5.2 CINTILANTE
AGRUPADA
Group quick | Q(x) | Grupos de um determinado número de relâmpagos repetem-se regularmente. | Q(3) G 9s | |
| 5.3 CINTILANTE
INTERROMPIDA
Interrupted quick | IQ | A sequência dos relâmpagos é regularmente interrompida por intervalos de obscuridade de duração longa e constante. | IQ R 14s | |
6. CINTILANTE RÁPIDA
Very Quick
Os relampagos (cintilações) repetem-se com uma frequência compreendida entre 80 e 159 relâmpagos por minuto. |
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| 6.1 CINTILANTE RÁPIDA CONTÍNUA
Continuos very quick | VQ | Os relâmpagos repetem-se regularmente. | VQ W | |
| 6.2 CINTILANTE RÁPIDA AGRUPADA
Group very quick | VQ(x) | Grupos de um determinado número de relâmpagos repetem-se regularmente. | VQ(3) G 4s | |
| 6.3 CINTILANTE RÁPIDA INTERROMPIDA
Interrupted very quick | IVQ | A sequência dos relâmpagos é regularmente interrompida por intervalos de obscuridade de duração longa e constante. | IVQ R 9s | |
7. CINTILANTE ULTRA-RÁPIDA
Ultra Quick
Os relâmpagos (cintilações) repetem-se com uma frequência igual ou superior a 160 relâmpagos por minuto. |
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| 7.1 CINTILANTE
ULTRA-RÁPIDA CONTÍNUA
Continuous ultra quick | UQ | Os relâmpagos repetem-se regularmente. | UQ W | |
| 7.2 CINTILANTE
ULTRA-RÁPIDA INTERROMPIDA
Interrupted ultra quick | IUQ | A sequência dos relâmpagos é regularmente interrompida por intervalos de obscuridade de duração longa e constante. | IUQ R 6s | |
8. CÓDIGO MORSE
Morse Code |
| Mo(x) | As emissões luminosas têm durações nitidamente diferentes e estão agrupadas de modo a formar um ou mais caracteres do código MORSE. | Mo(K) G 6s | |
9. FIXA DE RELÂMPAGOS
Fixed and flashing |
| FFl | Luz que combina uma luz fixa com uma luz de relâmpagos com uma intensidade luminosa mais forte. A luz de relâmpagos pode ter qualquer das características descritas em 4. | FFl Y 5s | |
10. ALTERNADA
Alternating |
| Al | Luz que apresenta alternadamente cores diferentes.
NOTA - As luzes alternadas podem ser usadas em conjunto com a maioria das classes de luzes anteriores. | Al WR 3s | |
Legenda
A coluna 'Exemplo' inclui:
- a) Característica Abreviada.
- b) Nº de ocorrências (relâmpago ou ocultação) dentro do grupo.
- c) Cor (conforme a tabela de cores).
- d) Período (em segundos, corresponde à duração total de cada cíclo).
Ex: Fl(3) R 15s (linha 4.3)
- a) Fl - Relâmpagos, flashing
- b) (3) - Agrupados (grupo de 3 relâmpagos)
- c) R - Vermelho, Red
- d) 15s - Duração total do cíclo, 15 segundos.